TECIDOS EPITELIAIS DE REVESTIMENTO
Origem embrionária
- Todas as três camadas germinativas embrionárias dão origem aos
epitélios. Por exemplo, a epiderme se origina do ectoderma, o endotélio
vascular se origina do mesoderma e o revestimento do trato gastrointestinal se origina do endoderma, com exceção do revestimento
dos pré-estômagos dos ruminantes que tem origem ectodermica.
Características principais
-Morfologia celular, cúbica, pavimentosa, cilíndrica e em
raquete. Ausência de vasos sanguíneos, pouco material
intercelular.
Classificação-baseado
no número de camadas de células – Simples, estratificado.
Baseado na morfologia das células da camada superficial: Cúbicos,
prismáticos, pavimentosos, transição e pseudo-estratificado.

Fig.1 - Epitélio simples cúbico
– (Medula renal)

Fig.2 -
Epitélio pavimentoso simples
(Paredes da cápsula de Bowman-Rim)

Fig.3 -
Epitélio cilíndrico simples
– (Vesícula biliar)

Fig.4 -
Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
(Cavidade oral)

Fig.5 -
Epitélio estratificado de transição
– (Bexiga urinária)

Fig.6 -
Epitélio pseudo-estratificado
cilíndrico ciliado - (Traquéia)
EPITÉLIOS GLÂNDULARES
Formam as glândulas
Exócrinas e Endócrinas.
Glândulas exócrinas
– podem ser divididas de um modo geral, em glândulas simples e
compostas. As glândulas simples são definidas como as que têm um
único ducto, não ramificado. As porções secretoras das glândulas simples
têm duas formas principais, tubular ou acinar (esférica), que podem ser
enoveladas e/ou ramificadas. As glândulas compostas têm um
sistema ramificado de ductos, e suas porções secretoras têm aspecto
morfológico semelhante ao das glândulas simples. As glândulas exócrinas
descarregam seus produtos de secreção por meio de um ducto sobre uma
superfície epitelial.

Fig.7 - Glândula exócrina
tubular (Intestino Grosso)

Fig.8 - Glândula exócrina acinosa
– (Gld. Salivar submandibular)
Glândulas endócrinas
- São glândulas sem ductos, os
produtos de secreção se difundindo diretamente para dentro dos espaços
intercelulares a partir destes passando rapidamente para dentro da
corrente sanguínea. Os produtos de secreção são conhecidos como
hormônios e controlam as atividades das células e tecidos distante do
sitio de secreção. Baseado no arranjo celular em torno dos capilares as
glândulas endócrinas classificam-se em dois tipos, cordonais (Adrenal,
hipófise), e vesicular (Tireóide).

Fig. 9 - Glândula endócrina vesicular
- (Tireóide)

Fig. 10 - Glândula Endócrina Cordonal
– (Adrenal)
TECIDOS CONJUNTIVOS
É o termo tradicionalmente aplicado a um
tipo básico de tecido de origem mesodérmica e ectodermica,
que fornece sustentação estrutural e metabólica para os outros tecidos e
órgãos por todo corpo. O tecido conjuntivo usualmente conte vasos
sanguíneos e é mediador de trocas de nutrientes, metabólitos e produtos
de excreção entre os tecidos e o sistema circulatório. Deste modo a
tradicional expressão “tecido conjuntivo” não faz absolutamente justiça
à ampla faixa de funções desse tipo de tecido.
As células
encontradas no tecido conjuntivo podem ser descritas como células
residentes e transitórias. Os tipos de células do tecido conjuntivo e
seu numero relativo refletem o estado funcional do tecido. As células
residentes são relativamente estáveis; com exceção de alguns macrófagos.
Fibroblastos
– Secretam os componentes fibrosos e a substância fundamental do tecido
conjuntivo, constituem a principal fonte de secreção de colágeno.
Macrófagos- Originam-se
dos monócitos do sangue e constituem no tipo celular básico na atividade
fagocitária.
Mastócitos
- São células grandes ovóides com núcleo central e numerosos grânulos
intensamente basófilos, que contem varias substancias vasoativas e
imunoreativas (Histamina, SRS-A).
Células adiposa
– São células especializadas em armazenar gorduras neutras (triglicéridos).
Diferenciam-se dos fibroblastos e células mesenquimais.
Células
mesenquimais indiferenciadas- São
células que persistem no tecido adulto, associada a camada adventícia de
pequenas vênulas. São responsáveis pela formação de novos fibroblastos,
células endoteliais, pericitos e músculo liso vascular.
Linfócitos,
Plasmocitos, e outros leucócitos constituem a população
transitória, e estão envolvidos na defesa imunocelular do organismo.
Classificação do Tecido
Conjuntivo
Tecido conjuntivo frouxo - Caracteriza-se por apresentar fibras
relativamente escassas, dispostas frouxamente; por grande quantidade de
substâncias fundamental e pela presença de muitas diferentes células
residentes e transitórias.
Tecido conjuntivo
denso – É menos celular que o
tecido conjuntivo frouxo e tem fibras maiores e maior quantidade e pode
ser classificado como sendo modelado e não modelado.
Tecido elástico
– predomina as fibras elásticas; esta categoria inclui os ligamentos
associados à coluna vertebral e à túnica media das grandes artérias.
Tecido reticular
– Formado por células e fibras reticulares formando um estroma
tridimensional, presente em órgão hematopoeticos (Medula óssea vermelha,
baço, linfonodos e hemolinfaticos (exclusivo de ruminantes).

Fig. 11 -
Tecido Conjuntivo
– (Frouxo e denso)

Fig. 12 - Friboblastos
(fibras reticulares - linfonodo)

Fig.13 - Tecido Conjuntivo
(Tecido reticular-linfonodo)

Fig. 14 - Tecido Conjuntivo
(Fibras reticulares-fígado)

Fig. 15 - Fibras Elásticas
(Camada média de artérias)
TECIDO ADIPOSO
O
tecido adiposo é uma forma especializada de tecido conjuntivo formada
por células denominadas de adipocitos, que tem como atividade básica
armazenar gorduras neutras (trigliceridos) associadas a uma extensa e
rica rede vascular.
Tipos de tecido
adiposo – Existem dois tipos
de tecido adiposo; o unilocular que predomina no homem adulto e
na maioria dos animais, constituído por células grandes que quando estão
totalmente maduras apresentam uma única gota de gordura no seu
citoplasma. O segundo tipo é denominado de multilocular ou tecido
adiposo pardo, e nos animais que hibernam são conhecidos como glândula
hibernante, nesta variedade cada adipócito apresenta varias gotículas de
gordura que não se fundem no seu citoplasma.

Fig. 16 - Tecido Adiposo
(Unilocular)

Fig. 17 - Visualização |